O Mapa Mental (Mind Map) é um organizador gráfico criado por Tony Buzan, que o define como "uma ferramenta dinâmica e estimulante que contribui para que o pensamento e o planejamento se tornem atividades mais inteligentes e rápidas".
Realmente, trata-se de um recurso gráfico já consagrado, principalmente como instrumento de planejamento de reuniões e ações no mundo corporativo e na aprendizagem.
Sem dúvida alguma, os mapas mentais fornecem ao estudioso uma visão bastante ampla e diferenciada do assunto objeto de análise, uma visão externa e espacial, de modo a propiciar uma maior segurança e facilidade na tomada de decisões, como também na evocação lógica de uma linha de pensamento.
Porém, as próprias regras e formatação deste organizador gráfico não permitem que os mapas mentais sejam recursos substitutivos de um resumo. A começar pela utilização, em regra, de uma palavra somente para cada item e ramificação.
Um material estudado há 3 ou 4 meses atrás (levando em conta a sua devida memorização), dificilmente será evocado com a precisão devida pelo estudante ou pelo profissional, sem que este tenha que recorrer ao material matriz, o que demandará uma nova leitura de todo o material anteriormente estudado. Assim, nos parece claro que somente o mapa mental não resolverá o problema de tempo e segurança necessários para um estudo completo.
Dessa forma, basicamente o aluno terá que estudar todo o material novamente. E resta então a indagação: E se o material estudado consistir em cerca de 100 páginas de um livro, o aluno terá que ler tudo novamente?Mas então para que perder tempo com o mapa mental se terei que estudar a mesma coisa de novo?
Ao contrário do que preconiza o seu criador, entendemos que o Mapa Mental não é a panacéia. Não constitui resumo suficiente para a evocação mais profunda e precisa de um material estudado.
Para nós, o organizador gráfico deve ser voltado para a dispensa quase que absoluta do material matriz, ou seja, deve fornecer as informações fundamentais para um estudo completo e preciso, mas ao mesmo tempo deve conceder uma forma gráfica mais palatável, a permitir uma leitura mais rápida e completa do assunto. Tratar-se-ia de uma síntese com formatação diferenciada.
Defendemos que os Mapas Mentais sejam tomados como uma segunda opção, ou seja, que sejam realizados somente após a elaboração de uma síntese mais completa do material estudado. Isto porque, nos parece que os mapas mentais somente alcançam sua máxima eficácia quando já há um domínio pleno do assunto por parte do estudioso, onde as palavras elencadas no mapa serviriam como gatilhos de memória, ou seja, a palavra, por si só, teria o condão de fazer com que o estudioso evoque todas as informações a ela relacionadas.
Concluindo, não restam dúvidas quanto à eficácia e aos benefícios oferecidos pelos mapas mentais. Porém, sem um domínio do assunto estudado, este organizador gráfico somente trará ao estudioso uma visão horizontal do assunto, sem a profundidade necessária para uma exposição completa e profícua da matéria estudada.
Abraços Turbinados!
Nenhum comentário:
Postar um comentário